O VÍCIO RELIGIOSO Ryan freqüenta... Mark W. Baker

O VÍCIO RELIGIOSO

Ryan freqüenta regularmente a igreja, está sempre ansioso para discutir religião.
Gosta de citar a bíblia para reforçar o que está querendo provar, mas desconfia das pessoas fazem o mesmo quando elas discordam da sua interpretação.
Ryan é muito rígido a respeito de como as pessoas devem se tornar cristãs.
Ele tem idéias muito firmes sobre como elas devem falar, o que devem ler, que tipos de divertimentos são aceitáveis e como devem pensar a respeito dos assuntos sociais.
Embora ele afirme ter entregado a Deus o controle da sua vida, quase todo mundo o considera muito controlador.
Ele precisa que os outros confirmem as sua convicções religiosas aceitando-as incondicionalmente.
Ele não esta usando a sua religião com o objetivo de estabelecer uma conexão e sim de impor seus pontos de vista.
Esta nunca foi a intenção de Jesus.
Embora Ryan diga às pessoas que deseja que elas sigam Jesus, na verdade é a ele próprio que ele quer que sigam.
Internamente, ele vive dúvidas e angústias que tenta encobrir para si mesmo com seu fanatismo religioso.
Um de seus amigos sugeriu certa vez que ele se consultasse com um terapeuta devido à dificuldade que estava tendo no relacionamento com a namorada.
Mas Ryan desconfia da psicologia.
Ele acredita que todos os problemas são resultado da falta de fé e duvida que a terapia possa ajudá-lo.
A verdade é que Ryan não quer conversar com um terapeuta porque não deseja revelar suas duvidas, inseguranças e sentimentos de confusão interior.
Ele gosta de se sentir forte e no controle da situação.
O que Ryan não percebe é que sua religião é uma forma de idolatria, porque está sendo usada para encobrir sentimentos dolorosos em vez de ligá-lo a Deus e aos outros.
Em vez de entender seus sentimentos, ele os dissimula com uma linguagem e com rituais religiosos.
Ryan usa isto para se medicar contra a dor e o sofrimento, que é o oposto do que Jesus fazia.
Ryan tornou-se viciado em controle, e a religião passou a ser a sua droga predileta para garantir a sensação de poder.
Provavelmente será necessário que aconteça uma crise na vida de Ryan para fazer com que ele reexamine a sua religião e possa usá-la para favorecer o seu relacionamento com Deus.

Pra Jesus, a religião e a idolatria eram absolutamente diferentes.

Aquilo que Jesus descrevia como idolatria eu vejo hoje no meu consultório como vício.

À vezes as pessoas usam a religião para se sentirem melhor, exatamente como os viciados com as drogas.
No caso da idolatria, as leis e os rituais religiosos se tornam a “droga,” proporcionando às pessoas à ilusão de serem melhores do que realmente são.