ABRIGO Quero meu casulo quente e... Siomara Reis Teixeira
ABRIGO
Quero meu casulo quente e confortável
me esconder desta imensa multidão
passar despercebida com minh'alma instável
sem toque, sem beijos ou apertos de mão
Quero ponderar o que pode ser viável
conhecer os limites da inexatidão
discernir o falso do amigável
rechaçar qualquer amostra de compaixão
Quero aflorar um lado audaz e amável
perdoar, esquecer, assimilar emoção
fazer jus a denominação, adorável
Quero agora, apenas o vazio desta solidão
calar em mim mesma de forma inviolável
até que o silencio suscite respostas, a razão