Uma flor de plástico milimetricamente... Eduarda Briara
Uma flor de plástico milimetricamente perfeita nunca vai ter o cheiro de uma rosa. Diz respeito à vida, a energia solar bebida à sobrevivência. Cientificar o amor hoje parece fazer sentido. O jornaleiro dirá em breve: Compra-se amor. Dirá das razões concebíveis, o prático. O homem se torna só por tão pouco, sabendo exacerbar-se digno, contemplar-se solto. Me vem tão só, doloroso e sábio, querendo mostrar-se amplo como se o que viveu não passasse de um conto. Ter o poder de minimizar é comum mas, as pessoas sempre me pareceram previsíveis.