Ontem sonhei que era um poeta a fazer... André Ricardo de Amorim

Ontem sonhei que era um poeta a fazer canções de amor Acordei, me vi um pateta senti o langor Agora em frente a uma tela escrevo todo devaneio sucinto Todo resq... Frase de André Ricardo de Amorim.

Ontem sonhei que era um poeta
a fazer canções de amor
Acordei, me vi um pateta
senti o langor

Agora em frente a uma tela
escrevo todo devaneio sucinto
Todo resquício grafado no papel
num recinto

É tudo muito indistinto
como se minotauro fosse
dentro de um labirinto
facundo, terno
- eu não minto!

Só ao te ver tudo fica certo
cantado como uma loa
Pois é na canoa
do destino ferrenho
na proa
com divino empenho
Que estamos navegando
decerto, antecipados
A ver o futuro incerto
não longe, bem perto

De um fim malogrado e tirano
de um sentimento humano
Esse é o destino
insano, fadado ao sarcasmo.