DEIXE-ME AVENTURAR NO TEU BALANÇAR Eu... Erasmo Shallkytton

DEIXE-ME AVENTURAR NO TEU BALANÇAR




Eu sei que não esperavas a minha chegada,
Mas, o amor é assim: surge sempre do nada,
E vem como uma onda gigante sem barricada,
É quão uma enseada deixando a alma atada,
Dourada e desfolhada numa chama espalhada,
Encobrindo as distorções, às vezes na namorada.


Esse tal amor perverso e doce, é globalmente amável,
E não saberei explicar a sua atuação em cada cantada,
E pode ser: falada, sentida, escriturada ou gesticulada,
Contudo, o amor é assim: surge sempre do nada, e, nada,
Fortalecendo na fonte o anseio e contragosto da amada,
É uma viajada boa amar, gostar e tu persistirás apaixonada.
Nessa entravada ternura que inflama toda improvisada.


Eu sou como esses versos vão dando vida sem palavrada,
Aumentando em todos os caracteres que tu és a cortejada,
Galanteada e orada no meu íntimo com fina flor rosada,
Espero ter acertado de cheio numa inusitada pincelada,
Eu exoro que não tenhais o amargo da tristeza indelicada,
É como um trovão que relampeja durante a madrugada,
Em dúvida: Pense em mim e não se afaste da minha vida,
Sou seu. E o amor será destarte: surgindo sempre do nada.


Eu espero ter acertado de cheio numa inusitada pincelada,
O eixo central do teu coração batendo forte em disparada,
Será agudo demais, pois, eu sentirei onde estiver essa sacada,
Da minha cara metade amada integralmente pura e endeusada,
E tranquilamente, eu sei que tu não esperavas a minha chegada,
Como um trovão que relampeja e chameja durante a madrugada,
E vai germinando numa olhadela essa minha inclinação danada,
De ambicionar esse teu amor todo verdadeiro na noite ilustrada,
E não me pergunte o que deverás fazer em prol da minha pegada,
Eu estarei na tua existência como a haste duma flor bem regada.