Não sei as horas. Fico perdida nas... Mayara Freire
Não sei as horas.
Fico perdida nas minhas lembranças do meu inconsciente, sem saber quando e onde posso acordar para a realidade do meu mundo.
Das rotinas, das pessoas, dos amigos... Da família.
Minha vida, desde que tenho evoluído e, o presente me apresenta algo que o futuro traz, me sinto como se tivesse parado no tempo onde o passado me cerca de lembranças e oportunidades inesquecíveis.
Os meses não dão conta de segurar os dias que, na velocidade da luz, passam levando toda a sua existência no envelhecimento dos corpos.
Algo diferente a se desenvolver. Cada parte, cada canto do seu corpo se modifica, e a alma se mantém como uma luz acesa, com nenhuma pretensão de se apagar.
Nessa velocidade desesperada que o tempo atingiu, nem as estações podem suportar tanto sofrimento.
Saio de casa com o raiar do dia, com o tocar da brisa que o vento traz. E, no decorrer, à tarde retorno aos sons de relâmpagos e trovões, como se houvesse fúria em seus refúgios.
Sinto-me só.
Sinto-me sem proteção e, por mais que eu saiba que Deus ao meu lado se encontra, me sinto sozinha.
A carência de uma companhia, não se sabe ao certo se divina. Sei que não.
Quem sabe amiga. Pode ser. Hoje em dia são tão poucos em minha volta.
De amor.
A distância destrói o que ainda resta da vontade de sua presença, mas o tempo e o coração me mantêm forte para suportar essa dor que corrói.
Busco a felicidade a importância de minha vida. Na simples beleza de uma flor colorida onde toca os lábios de uma linda borboleta ou, quem sabe, um beija-flor.
Fico muito preenchida e contente quando percebo que tenho uma vida magnífica e me encontro lentamente ao saber que essa simples cidade pode ser vista pelos meus olhos onde, neste momento, transbordam de lágrimas de alegria contida no encanto do barulho contínuo das gotas d’água caindo no chão e rolando pelo vidro da janela, ou no encanto do bater de asas da borboleta.
Olho para o meu interior e sinto os meus pés, concentro em minhas mãos onde se purifica o fruto do meu trabalho, cada magnitude posso transmitir através delas.
Dessa forma me sinto viva. Pronto para encarar mais desafios. Encontro a importância de ser feliz e, mais que isso, a importância de viver, além disso, a importância de minha existência.
Assim, encontro a principal resposta:
Hoje é meu dia!