REVOLUÇÃO Às vezes tentamos ser uma... Maria Angélica Carnevali...

REVOLUÇÃO

Às vezes tentamos ser uma fortaleza, mas sabemos que é só fachada. Temos de ter o cuidado de preservar nossos sentimentos das maldades do mundo. É muito importante sabermos quem somos, para não sofrermos com os comentários maldosos que fazem de nós, pois existem pessoas pobres de espírito, que como nós todos, tem muito para aprender. A diferença é que estas pessoas, quase sempre orgulhosas, rancorosas e cheias de complexos, se escondem atrás de uma falsa modéstia ou da figura do “coitadinho”, injustiçado pela vida. Realmente ninguém é dono da verdade, mas há diferença em ter ou não ter o coração puro e a alma leve. Talvez neste mundo globalizado estejamos desprezando o perdão e a compreensão pelo simples fato de que não nos importamos com o outro. Preocupamo-nos em amar os próximos, pois é muito difícil amar o todo. Principalmente se a mídia vende que este todo só aceita você, se você for o poderoso, o bonito, o bom. Assim, ou você se encaixa neste perfil enlatado ou você “não brinca”. Quando somos jovens, nossos sentimentos são como a pele de um bebê, frágil e macia. Com o passar dos anos, a pele continua frágil por dentro, mas por fora ela fica grossa, por certo, para proteger-nos das intempéries. Assim, não temos de colocar nossos sentimentos numa redoma, mas temos de protegê-los do vírus do ciúme, da bactéria da raiva e principalmente do câncer do orgulho. Crescer e sobreviver com qualidade. Este é o desafio. Temos de convocar as pessoas, dizer o quanto é importante à coletividade. Abaixo o individualismo, a massificação da mediocridade e da hipocrisia. Fora com o egocentrismo. O sucesso pessoal não depende de sucesso financeiro. Para termos o respeito das pessoas precisamos ser sinceros, abertos e corajosos. Temos de dizer o que pensamos sem desmerecer ninguém, mas acreditando sempre em nossos ideais. Respeitar as pessoas não é concordar com elas o tempo todo, mas temos de aprender que elas também têm muito para nos ensinar, sejam elas pobres ou ricas, negras ou brancas, empregados ou empregadores. Também temos de respeitar os que fazem a diferença na nossa sociedade, aqueles que lutam pelo desenvolvimento humano, sejam professores, cientistas, artistas ou anônimos. Por fim, não podemos nos deixar levar pelo que querem que acreditemos ser a verdade, e sim temos de lançar um olhar crítico sobre os fatos e buscar a pura verdade. Ninguém tem que nos dizer o que é certo ou errado, pois ao nascer já possuímos um radar que sempre nos diz o caminho a seguir. Infelizmente somos nós, que às vezes, desligamos o radar, envoltos no nosso egoísmo, entramos na contramão, e batemos de frente com a realidade de nossos atos. Ainda bem que existe o perdão. É, podemos nos perdoar de nossos erros e sempre podemos recomeçar. Olhar para frente, cabeça erguida, força no coração, e muita vontade de viver, de crescer, aprender e principalmente mudar, sempre para melhor.
Comecemos o dia assim. Com uma grande revolução.