Quarta-feira, 2 de dezembro de 2009... Tatiana Morais
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Talvez fosse impressão ou qualquer outra coisa parcialmente embaçada pela chuva que não cessava.
Silenciosamente agradeci pois ninguém saberia que algum dia estive lá...
Meus cílios e pupilas arderam em protesto, implorando rendição.
Minha ultima imagem - quadrada pela janela, como se fosse limitada - foi do sol se refletindo no vidro sujo.
A realidade havia terminado seu show,
O que era colorido e confuso, passou a ser preto, branco... e distante.
Eu estava realmente vendo um filme antigo antes das cores, ou as pessoas realmente tinham perdido a vida na estrada de tijolos amarelos.
Talvez a gente tenha perdido a cor.
Percebi tarde de mais, mas, talvez,... eu sempre soube e nunca quis admitir.
Ele estava certo.
Olhar pra ele, era ver meus defeitos transformados em qualidades, refletidos em um enorme espelho, do qual eu não poderia fugir.
Meus medos se emancipavam de outros ao meu redor, sozinha eu não tinha medo de nada
Quero ser capaz de te olhar nos olhos e entender
Pra que longas explicações, se você não é capaz de me ouvir...
No meio de tantos em absoluta solidão... quão cliché é esse sentimento.
Onde estava o silencio de que eu tanto preciso?!
Meu muro não me proibia de sair... ele proibia as pessoas de entrarem. E é assim que deveria ser... vai ser.
Sinto Muito.
Eu me entregaria de alma a suas mãos, se você ao menos quisesse isso.
Nada mais será como antes...
Voltemos ao passado, seja como você sempre foi, não mude.
Não faça nada por mim...
Foi no dia em que me perdi, naquela sua rua vazia e unicamente molhada de mentiras.
Funda e imunda.
Refletindo a luz falsa de uma estrela próxima de mais, testemunhando meu rosto cansado, borrado. Eu jamais tive face.
Foi um sonho...
Se te ouvir é fingir se importar, então não te ouço.
Se ver, é somente olhar sua forma física... descobri, sou cega também!