Nem precisou de nove meses para parir um... Jota Cê - Néctar da Flor

Nem precisou de nove meses para parir um amor que nasceu aos tapas, no primeiro dia em que nos esbarramos. Nunca vou cansar de exaltar aquele seu tapa bendito, aquela sua ousadia nada sutil, de quem sabe ser metida porque tem o dom de ser. Daí você me pergunta porque eu não canso de falar sobre certos acontecimentos que marcaram nosso dia-a-dia: simples, porque eu não consigo parar de lembrar o quanto você lutou por mim, seja mostrando garras e vontades, seja mostrando sensibilidade e carinho. Éramos dois loucos, famintos, jogados naquela nossa selva imunda, na qual você era a minha sombra no sol de meio dia; enquanto eu era sua garrafa d'água fresca. Lembro agora de você me falar uma vez que a fera aí estava trancada numa jaula. Eu logo em seguida disse que ficaria olhando só de longe, assistindo cada movimento brusco e preciso, mas perguntei quando que a fera aí sairia de lá. Qual foi sua resposta mesmo, hein? Nove meses me seduzindo, nove meses me namorando, nove meses totalmente vividos dia após dia, achando tudo extraordinariamente novo. Entender de alimentar amor é ter a consciência de como seria um desastre deixar um amor, feito o nosso, de lado. Tem como deixar o que nos mostra o caminho, sempre, de lado? Nossa cumplicidade dá certo, porque sabemos que quanto mais se esmurra um coração que sangra, mais o amor se sente vivo pra pulsar mais forte.


Meu coração pulsa forte...

... porque o seu amor bate violento.



Eu te amo, meu amor de Reticência!




Jota Cê




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