Certa arara estava a admirar,... Linartt Vieira
Certa arara estava a admirar, vaidosamente, a sua própria e formosa plumagem multicolorida.
- Como sou bela! – exclamou. – Tão bela que mesmo a toupeira, cega como é não poderá deixar de elogiar-me a beleza.
A toupeira ouviu-a e disse-lhe:
- Sim! Sendo cega, nada me custa elogiar-te a beleza. Mas por que não buscas saber a opinião das outras aves, que têm bons olhos?
*Dificilmente se Arranca um Elogio dos que Conosco se Parecem ou Exercem Nosso Mesmo Oficio.