A dor é o consolo dos que sofrem Volto... Bruna Peres Viana
A dor é o consolo dos que sofrem
Volto ao meu túmulo
Com a certeza de que nada mudará
Nada ficará pelo menos diferente
Nada terá um defeito
Só existirão coisas vivas e irreais
Coisas que eu sei que acontece
Coisas que nem sabia
Coisas que eu não gostaria de saber
Tiro o pó de cima do guarda-roupa
Fotos antigas revelam segredos
Segredos antigos trazem lágrimas
Mudo de ideia no mesmo momento
Vejo que tudo tem limite
E que mudará algo se agir
Agir de forma certa
Ou talvez de forma errada
Tanto faz, não faz diferença agora
Tudo já se transformou em água
Tudo já me fez desistir
Desisti de tentar agir
Meus pensamentos são totalmente
Não reconhecidos por ninguém
Também não quero que eles sejam
A pessoa reconhece quem a ama
Assim como reconhece quem sofre
Por ela amar outra pessoa
Talvez seja um amigo, talvez não
Viver minha vida, só minha
Do que adianta viver por alguém
Que nunca te dirá uma coisa boa
Que nunca te dará oi alegremente
Que nunca fará você se sentir bem
Fez coisa errada e espero que um dia
Se arrependa do que me fez viver
O quanto me fez sofrer
O quanto me viu chorar sem motivos
Sem motivos pra você, é claro
Pra mim, os maiores e piores motivos
Dói perder alguém que amamos
Mas se dói tanto, por que continuamos
Por que agimos como se nada aconteceu
Então, por que amamos, se já sabemos
Que um dia iremos perder aquela pessoa
Amamos para sentir, quando ela for
E dizer ‘Eu o amei’ com razão e certeza
Queremos que tudo mude
Mas o que fazemos para isso acontecer?