Intimidade Libidos acorrentados a... A. Motta
Intimidade
Libidos acorrentados a códigos morais e normas éticas...
Olhares que refletem, como um espelho da alma.
Toda uma essência de desejos luxuriosos.
Que a boca tenta a todo custo esconder
Mas que o corpo inocentemente, revela.
Todo os sentidos viajam por colinas de volúpias
Onde o tato percebe texturas aveludadas, hora lisas, hora úmidas...
Onde o olfato percebe uma fragrância floral que transforma um mar de hormônios do desejo em um sublime riacho de prazeres...
Olhos captam curvas e traços de perfeita harmonia.
E a boca se deleita em uma dança onde sedentos lábios
Parecem através do beijo tentar provar da essência da alma.
E já não há como saber onde inicia um amante ou onde termina a outra
Gemidos e sussurros compõem uma sinfonia de intimidade
E surge no ventre, uma centelha de energia. Que ganha força segundo a segundo.
E na velocidade do piscar dos olhos, explode...
Como se uma nova estrela nascesse no universo do corpo.
O prazer viaja pelas artérias e aniquila qualquer outra sensação.
Arranhões, mordidas e gritos expelem o prazer que não é possível suportar..
E ali jazem os dois amantes...
Inertes...
Relaxados...
E deliciosamente afundam entre lençóis e almofadas...
Tendo nada mais que um corpo nu e uma imensa sensação de satisfação para se prender...
Então, em meio a abraços cansados e beijos sonolentos. Adormecem.