As cravinas floresceram entre o joio Vi... Andrê Gazineu
As cravinas floresceram entre o joio
Vi as cores mais brilhantes que jamais vi
toquei a água gelada do córrego
toquei uma tal tristeza...
Sentei-me e descansei no riacho
muitos pássaros empoleirados em um galho seco
Choveu muito a manhã toda
chuva forte, densa, persistente
somada a um vento acre
que estremece as folhas largas, carregadas de umidade
Cheguei ao meu limite
Meus olhos... [ faz-se água
Meu amor é frágil;
Deixará passar o inverno à promessa de por toda uma vida...
é contrário a egenerescência da alma alcançando o espaço iluminado
abstrato em carne e fogo
Quando enlouqueci, pus-me no chão
[ para melhor sofrer
me acostumei com a lama
o céu se largueia em grande azul
Fria impassibilidade,
bebeu-me o sangue, devorou-me os ossos
matou-me abstratamente