Trabalhadora Já fui chamada conselheira... Carlos Henrique Ambrosio
Trabalhadora
Já fui chamada conselheira
Mas trago mais problemas que soluciono
Já fui chamada inteligência
Mas depende do ponto de vista
Já fui chamada de Deus
Mas trabalho até em feriados
Sou chamada de charada e enigma
Sou a resposta e a construtora da pergunta
Faço tudo mais não tenho reflexo
Não sei de instinto
Esses só me atrapalham
Já fui chamada de civilização
Mas não preciso de elogios
Já fui chamada de razão e emoção
Mas sou a decisão
Já fui um fio
Já fui grande
Alguns dizem que nem sempre existo
Mas eu é que digo tudo
Só tenho problemas quando o tudo fica escuro
E confusa fico eu
Alguns dizem que são os anjos
Eu digo que sou eu
Na confusão descanso
Por mais que pareça que corro
Mergulho nas lembranças e na imaginação
Flutuo entre o bom e o ruim
Correndo entre um e outro
Não ligo pro que sofre no caminho
Aquele louco que não para de bater
Às vezes até aumento as sensações
Só para ver se lhe faço correr
Mas são só por algumas horas que descanso
Pois sou a decisão
Sou a indecisão
Sem mim é simplesmente nada
Sou dona do mundo
Sou miserável
Sou a corrente
Sou incontestável
Sou o grito e canção
Sou a benção e a paz
Sou folclore
Criatividade e muito mais
Sou suave e reconfortante
Toco as musicas
Eu sou a música
Sou os nervos e personalidade
Muitas vezes trabalho sem vontade
Mas bom mesmo é quando me aposento
E fico no escuro para todo o sempre
Não que goste da escuridão
Mais lá posso me fingir inocente
Não que não seja quase sempre
Mais conheço o mundo como ninguém
Ou não conheço, depende de quem?
Sou o canto das ultimas palavras
Sou o sentimento, sou as magoas
Mais sou amor e a palavra
Trabalho cantando mesmo estando sozinha
Pra ver se relaxo meu hospedeiro
Que pode ser qualquer um
Mais é o único que desejo
Vive o que vivo
E sofre comigo
Doce alma que sou
Que dera estar dormindo