Um Homem Chamado Jesus Não bastar... Renan Vieira Santos

Um Homem Chamado Jesus

Não bastar conhecer o que Jesus disse e o que ele fez, é necessário saber que foi Jesus, sua pessoa e personalidade. Se, portanto, o mistério de Jesus só é desvendado totalmente com a sua ressurreição.

Cria-se imagens a respeito de Jesus. Trata-se, da melhor que se adapta as pessoas e sua maneira de ver a vida. Pessoas que sintonizam com a cristologia imaginam Jesus como um ser celestial e divino. Os que se identificam com a cristologia, imaginam Jesus apenas como um homem como qualquer outro, talvez com qualidades excepcionais. Evidentemente, Jesus não pode ser ambas as coisas. Tampouco uma só delas neste grau de radicalidade e excludência que a imaginação das pessoas constrói.

Isso quer dizer que, se falseia a imagem de Jesus. Os pontos de vista tomados, isoladamente reduzem o mistério de Jesus e o deturpa. O mais importante é que essa imagem falsificada determina de maneira decisiva a fé e a espiritualidade das pessoas e sua própria compreensão fundamental do cristianismo.

Aí estão duas concepções diferentes, que geram espiritualidades diferentes, apoiada em duas cristologia também diferentes. Nenhuma delas consegue realizar a síntese feliz, a Boa-Nova que o cristianismo pretende anunciar-nos.

Tal diversidade de imagens de Jesus vem a idéia e um fato cristológico fundamental: a figura de Jesus, que se presta a toda classe de imaginações. È verdade que ninguém poderá dizer , que possui a imagem exata de Jesus. Estudiosos de exegese e cristologia dizem que os evangelho não são biografias. Mais também é certo que, analisado os evangelhos, neles podemos descobrir, os traços mais característicos de personalidade desse homem com que as primeiras testemunhas conviveram e que depois será por elas confessado e proclamado filho de Deus. Não se pode concordar ao mistério de uma pessoa sem passar pelos muitos filtros da interpretação própria que abrem acesso a nós.

Trabalhamos com três traços que constituem três vias de acesso a Jesus, sua fidelidade, sua liberdade e o reino. Daí derivara a constante e tenaz proximidade de Jesus com os marginalizados de toda espécie.