Depende do seu empenho em querer ver-me, ouvir-me, ou sentir-me....
Depende do seu empenho em querer ver-me, ouvir-me, ou sentir-me. Prefiro qualquer espelho e a realidade mostrada nele. Receio da intensidade acelerada de algumas alterações, que podem ser de todos os tipos. Paixão pelo céu azul que vejo pela minha manhã clara e evidente. Ou por um beijo que certamente irá desmontar-me. Me fortaleço na beleza das coisas e na sinceridade das palavras. Amar é a minha determinação, o meu lema, assim como viver no mundo da lua, onde ele predomine. Tenho em cada uma dessas esquinas dobradas um novo horizonte, que me guia e me reanima quando me perco em meus próprios passos. Neles me seguro e resguardo meus pensamentos. Não tenho medo das pessoas nem do que elas sejam. Tenho imaginação fértil. Nunca vou me permitir se não for isso que eu queira. Viajo sem sair do lugar, mantendo os pés no chão e a cabeça nas nuvens. Aterrissando idéias estúpidas ou brilhantes. Leio minha mente quando estou insana, faço anotações quando estou serena. Nem sempre faço questão de ser entendida. Possuo um lado que mora na intuição, que constrói defesas e me ajuda a acertar. Mudo a todo instante, assim, paradoxalmente. Posso tanto querer caminhar entre as estrelas como tomar banho de mar e isso tudo no mesmo dia ou no mesmo lugar... Não gasto empenho em solucionar todos os mistérios existentes, mas em desfrutar de meus próprios; a dúvida é o preço das surpresas da vida.
Quase um puzzle. Nível difícil.
E qualquer esforço em não me ser seria, por si só, uma traição. Sendo o ar que alimenta o fogo na água, e que é parte do meu espírito.