Sou um trem Não um trem bala, porque... Luciana Horta
Sou um trem
Não um trem bala, porque gosto de calma
Não um metrô, porque gosto de paisagens
Sou um trem água, que não anda nos trilhos...
Ora vagão, curtindo
Ora máquina a vapor, fervendo
Gosto de alternar o comando
Porque controle todo o tempo é ruim
Então, também gosto de ser levada...
Meus caminhos não têm fim
Algumas vezes sinto-me bloqueada por pedras
Então, paro durante o tempo suficiente, faço o desvio e começo outro caminho
E a viagem continua...
Alguns se deixam serem vagões quando sou maquinista
E viajam seguros e felizes
Outros se arriscam a serem vagões quando sou maquinista
Mas viajam apreensivos e tensos
E quando sou vagão eu também me alterno, dependendo de quem é o maquinista...
O barato mesmo é a viagem!