Pra quê? Pra que há guerras, que não... Carolina Moraes
Pra quê?
Pra que há guerras, que não acabam mais?
Pra que há morte e rendas desiguais?
Pra que há pobreza? Pra que destruição?
Por que não um sorriso? Ou um aperto de mão?
A culpa, na verdade é nossa.
É da humanidade.
É do homem que cansou de dizer não e
Que se acomodou com essa realidade.
A culpa de um mundo assim,
De um mundo que parece perto do fim,
É de todos e não é de nenhum.
É do homem que resolveu matar,
São dos muitos que preferem roubar,
A culpa é da bala perdida e da bomba que caiu do céu.
A culpa é da corrupção
E é da lei que não prende ladrão.
Na verdade a culpa é minha e sua,
Que resolvemos nos acomodar.
De nós que fechamos nossos olhos a noite,
Sem em nossos irmãos pensar.
Sem pensar no tiro, sem pensar na morte,
Sem pensar na agressão.
Na verdade a culpa é nossa,
de nós que esquecemos o que é ajudar.