Havia um poeta que amava; Cego e surdo... David P. Guimarães Thomé
Havia um poeta que amava;
Cego e surdo com o mundo;
Dúvidas sobre seu amor surgiram;
Com medo de enganar rompeu com a amada;
Ela partiu, ele ficou;
Chorou, Chorou;
Noites e noites;
Já na companhia de um novo amor;
O novo amor era a base;
E o poeta não tinha mais nada;
A base era de papel;
E um dia em seus prantos a matou;
O amor que havia partido;
Já possuía outro;
Em meio a tanto sofrimento;
O poeta se afogou;
Um novo amor surgiu;
O poeta tentou acreditar;
Mas descobriu não mais amar;
O poeta rompeu, magoou e se perdeu;
Hoje a amada é iludida;
O poeta vê a trapaça;
Ele não diz;
Observa o Mundo;