“Quando o vento sopra estranho é hora... CLAUDIA PEREIRA

“Quando o vento sopra estranho é hora de dar atenção ao sexto dos meus sentidos…
É hora de sentar, abrir o coração e falar dos medos, das inseguranças, mesmo que isso me custe ouvir o que já espero, mas não desejo.
É hora de abrir uma caixinha cor-de-rosa no coração e na memória, já me preparando para arquivar os momentos fantásticos, os sonhos bonitos e as expectativas que nem chegaram a se concretizar.
É hora de colocar em prática toda a razão que bem conheço na teoria, mas que pouco exercito na vida de verdade.
Quando o vento sopra estranho é hora de enfiar na cabeça e socar no coração que a maioria das coisas tem começo, meio e fim. De fazer descer garganta abaixo que o começo dura o tempo suficiente para ser inesquecível, o meio é a essência e o fim, é só o fim.
Quando o vento sopra estranho, dá medo de colocar a cara na janela, porque sei que posso senti-lo, porque vou respirar e ele vai me invadir e encher meus pulmões com a convicção de que tudo vai se diluir quando eu expirar.
Então respiro o mais fundo que posso, seguro o máximo que meu corpo agüenta, mas logo preciso expirar…
Quando o vento sopra estranho é sinal de que sua intuição funciona como defesa te dizendo: “Tome coragem!”…
Mas onde está a coragem quando o vento sopra estranho?…”