AMOR GRAMATICALMENTE INCERTO ®... Não... Jefferson Cavalcante
AMOR GRAMATICALMENTE INCERTO ®...
Não tenho mais direito a achar nada....
Tudo que penso é numa constante vaga
Achar, verbo transitivo. Quem acha, acha alguma coisa? Eu só queria achar alguém!
Por que o meu achar tonto, decerto, ousa ser intransitivo, fingir que não precisa de complemento e que nada lhe falta.....?
O meu “achar” precisa dos advérbios de lugares que andei
Das interjeições que escutei
E das conjunções que não liguei.....
Já procurei outras palavras que tentem suprir a grande necessidade de um adjunto pra viver bem junto, ao adnominal eu ...... Procurei o verbo esquecer, quem sabe o entender, tentar, viver.... Mas o que mais deu certo em mim foi um pronome chamado você.....
Você é o objeto direto que faltava em mim. Aquele que eu chamo de possessivo: MEU, o demonstrativo: Esse, o oblíquo: convosco, consigo. É, o mundo é mesmo estranho morro de ciúmes quando um artigo vem de metido completar você, meu substantivo concreto que me causa algo abstrato. Você é o adjetivo em mim.....
Pena que tudo isso seja apenas na voz ativa, você me joga na passiva e eu fico na reflexiva, pra você eu sou um termo acessório, uma conjunção integrante uma oração subordinada substantiva condicional, pra você eu sou um ponto e vírgula, para mim você é tudo que fica dentre as aspas. Mas, de novo você quer a metida da vírgula, ela é mais legal está em tudo, quem não gosta da vírgula? ela deixa uma frase engraçada ou não... Agora o ponto e vírgula quem sabe usar? Ele é só uma caricatura da vírgula que está sempre limitado pelo ponto final na sua cabeça.....
Acho que as vezes você me conjuga errado, eu queria ser o ter
Mas você quer ter Um SER
Então prefiro SER TE para poder assim TE SER, TE TER
Para assim SERMOS E TERMOS a nossa felicidade,
Mas meu amor é algo banal
E enfim vejo que nosso destino é o ponto final.