Um grito de Elis De repente a explosão... Alessandra Leite
Um grito de Elis
De repente a explosão do pranto
Um alívio, um acalanto
E o silêncio acordou os monstros
Adormecidos na contida revolta
Nem o ar quer suas palavras
que nada dizem, sufocam o nada
Redemoinho de letras
alfabeto torto, o vento devolve as letras paradas
A mistura de tudo
cabeça atrapalhada
Pessoa oculta e me revela ainda mais
Vinícius faz do riso o pranto
Neruda implora o mesmo riso
Quintana avisa sobre os monstros
No meio da poesia torta
entrelaçada nos caminhos sem fim
Um novo dia, a utopia
O amor que eu quis
As pedras, o fim do caminho
Um grito de Elis