Asnos não pensam, não cospem, não... Fabiana Leal
Asnos não pensam, não cospem, não choram, não compreendem, não ouvem. Asnos são asnos. Sem amor, sem sentidos. Fingem que entendem e relicham. sagrado grito de sua infinita ignorância. Insensatos quadrupedes face à beleza de existir. Comem os bagaços porque é só o que lhes resta. Olham para o céu e nada vêem. Para pisar em seus próprios rejeitos, para isso lhes serve a terra. Pobre terra que traça caminhos, conduz sentimentos, emoções, provê o alimento e as rosas que enfeitam o belo e mesclado buquê da vida. Feliz terra que há de ser infinitamente amada e respeitada. Ela chora mas acredita que não somente de quadrupedes, cromossomicamente desfavorecidos da beleza de amar, que não só destes, se constitue toda a criação. A terra ainda assim anseia amar .... e ser amada.