7 de abril A casa cheirava a amor, os... Gustavo Oliveira
7 de abril
A casa cheirava a amor, os moveis transpiraram amor, o tempo parado amando, os lençóis que não cobriam mais nada suspirando. Tudo era amor, menos as palavras que pediam despedidas, coisa impossível quando se tem amor. Um nível infinitamente único, um grau dimensional e súbito. - De amor. Por que quando os corpos querem fazer amor, e o próprio amor os proíbe, mostrando a diferença das vidas antes e depois daquele amor, daquele dia. Vendo que tudo poderia ser vencido inclusive eles, mais aquele amor não, aquele 7 de abril, dia do casamento, dia em que dois seres sentiram mais amor, sentimento, virtude, cumplicidade, e ciúme, que bodas de ouro de muitos casais e em outras vidas em outros costumes. Aprendi que quem gasta no amor uma vida, menos amou na alegria do que quem ama um só dia como aquele jeito.