Essa sensação indescritível de... Luiz Neto Costa
Essa sensação indescritível de preferir a dormência do que esperar o vindouro surgimento do que eu nasci para me tornar, acaba me acompanhando de forma sutil e quase assombrosa. É a escolha entre aceitar o tédio de aguardar o que se sabe com toda certeza que irá acontecer, ou renunciar o tesouro guardado para desfrutar de banquetes baratos que oferecem uma saciação imediatista e passageira. Talvez não nos demos conta de que exista esses dois caminhos distintos. Talvez comer essa maçã aqui e agora seja mais confiável do que passar um pouco de fome e esperar a grande ceia que está por vir. Até quando tomaremos atitudes imediatistas para forjar uma falsa satisfação pessoal? Quando iremos parar e saber que o melhor está por vir, e se não nos apossarmos de uma posição, perderemos o que está guardado?
Você pode dizer que as oportunidades passam e não podemos as desperdiçar. Eu digo que não podemos dar oportunidade a o que é passageiro.