"A quantidade de tempo não influi... Marin Frist
"A quantidade de tempo não influi no que alguém sente pelo outro. Em quanto tempo uma pessoa marca a vida de alguém? Um encontro casual basta? Seis meses? Uma década? Shakespeare disse que escrevia para se tornar imortal. Os escritores esperam serem lembrados por seus trabalhos. Mas livros se perdem, palavras são apagadas, histórias mudam. Com tanta coisa contra, como saber que causamos impacto? Seria ótimo se pudéssemos congelar alguns momentos. Momentos em que éramos felizes, e sabíamos que éramos amados. Mas não podemos. Então, nós refazemos pegadas que podem ter sido apagadas. Tentamos lembrar das relações, enquanto o tempo apaga nosso passado. Tentamos fazer novas relações, esperando que elas perdurem. Quando a comunicação falha, as palavras permanecem. Elas são provas que existimos que temos valor e que alguém gosta de nós. No fim, talvez, só nos reste o passado."
"Dizem que a paciência é uma virtude, e, como a maioria das virtudes, nós não sabemos se a possuimos até que sejamos testados. Se tivermos sorte, termos alguém para fazer o teste conosco. E se pudermos passar no teste, se pudermos esperar tempo suficiente nós poderemos ter uma recompensa maior do que esperávamos. O engraçado sobre a espera é que parece que quanto mais queremos uma coisa, mais tempo teremos que esperar por ela. Decidir esperar por um longo período não deveria ser decidido levianamente. Mas é uma decisão mais fácil de se conviver do que outras."