UM QUARTO FÚNEBRE Um quarto lúgubre,... marylife

UM QUARTO FÚNEBRE

Um quarto lúgubre, escuro e vazio
Uma cama postada ao centro solitariamente
Suas roupas de uma cor morta e saturna
Deitava ali dois travesseiros frios que só de olhá-los
Sentia-se o gelo queimar a visão.
Nem os sorrisos prostrados em alguns lábios
Que ali estavam eram suficientes para reanimar aquela cama
E aquele quarto.
As paredes cinza, úmidas se entregando e se acabando
Sem forças para se sustentar ali em pé suas tintas gastas, carcomidas
Era como se tivessem lágrimas e que elas escorressem delas de todos
Os dias e todas as noites tanto era a tristeza alojada ali em suas costas
e ali estava impregnado todo o fracasso, desilusões, revoltas, de uma vida
que podia ser diferente, mas... o destino ou talvez a pouca força de vontade
De ir para a luta não permitiu, mas tentou amenizar com sonhos que foram
estupidamente interrompidos ficando só a viagem para a conquista através
da letargia. As pessoas que ali passavam suas noites de amor entre aquelas
quatro paredes quase sem vida, não tinham nenhum romantismo.
Aquele quarto e aquelas paredes seviciam pareciam estarem envolto
Na solidão e esses corpos mesmo no ato de amar eram abraçados por ela
Saio desse quarto olho a claridade em meu redor sem tirar da minha mente
A frieza e a dureza daquele quarto fúnebre! Vejo as nuvens pairar por entre
Um mundo ludibriável, por ter sempre que conviver na mendacidade de um ser.
marylife