FALANDO DE DEUS SEM NEXO: maneira... Caio Fábio
FALANDO DE DEUS SEM NEXO: maneira única...
Deus. Este é o tema. Este é o assunto. Deus tema. Deus assunto. Deus criado. Deus pensado. Deus explicado. Deus teologizado. Deus filosofado. Deus objeto. Deus de estudo. Deus de discussão. Deus de letras. Deus de palavras. Deus de idéias. Deus segundo o homem. Deus conforme a nossa imagem. Deus de acordo com os tempos. Deus segundo as Eras. Deus de escritores. Deus de doutores. Deus de divinos mestres em divindade. Deus ensinado. Deus aprendido. Deus exposto em frases. Deus divido em atributos. Deus feito uno pelo fragmentado homo-sistematikus. Deus livre... Deus preso a si mesmo. Deus? Deus! Deus?! Deus fora... Deus nas idéias. Deus na cabeça. Deus na mesa de cirurgia de idéias. Cirurgiões de Deus. Deus cadáver. Deus de ontem. Deus da saudade. Deus da tristeza. Deus da vida oca. Deus da depressão. Deus do pânico. Deus do medo. Deus da culpa. Deus das liberdades... Deus do não. Deus do sim. Deus do quem sabe. Deus do arrependimento. Arrependimento que é mais que Deus. Deus que é mais que arrependimento. Arrependimento que é do homem. Arrependimento que é de Deus. Arrependimento que é de Deus e do homem. Homem livre. Homem escravo. Deus do homem. Livre segundo o homem. Impedido conforme o Pensamento. Deus que não é visto no que de Deus se pode conhecer... Deus que não é visto onde disse Ser. Deus sem Deus. Deus sem Mistério. Deus sem Palavra. Deus manco. Deus ajudado. Deus sem voz. Deus falado. Deus em perigo. Deus salvo por teologia. Deus indegustável. Deus cozido. Deus temperado. Deus servido em bandejas de pensamentos. Deus no tempo. Deus antes. Deus depois. Deus no passado. Deus no presente. Deus no futuro. Deus segundo o homem e o tempo. Tempo no qual Deus tem que caber. Tempo no qual Deus tem que ser explicado. Tempo no qual o Deus segundo o homem existe. Deus comparado. Deus perdido em disputas. Deus ganho em querelas.
Deus assim... Deus me livre!
Todo perdido como nós, que falamos, mas não queremos de fato conhecer; que discursamos, mas não provamos; que buscamos sem a ânsia do achar; que não é crido no que declara de Si mesmo; e que tem que ser objeto de nossa especulação que apenas adia o dia de nossa conversão ao Mistério e à Sua Graça. No Mistério encontramos o Conhecer que é. Em Sua Graça somos.
Mas quem é suficiente para estas coisas?
Se não é suficiente nem mesmo para o que recebe e não discerne, como o será para entender ou explicar Aquele que é Mistério?
Nascer de novo faz a gente entrar e ver o reino de Deus.
Mas quem entrou e viu desistiu de explicar. É Mistério. É Graça. É irreferível!
Assim, Ele diz: “O meu justo viverá pela fé”.