Oh Amor que contas histórias que nem... Catarina Portela
Oh Amor que contas histórias que nem ouço, enquanto te olho por dentro, deserto sem medo. E perguntas já irritado, se presto atenção?
Amor, eu ouço as mais belas palavras. Palavras que aquecem um coração cheio de vontade de lutar contigo, num espaço perdido.
Grito ao mundo, para que possam ouvir que o feitiço que me colocaste é sagrado, único e verdadeiro.
Agora sim vejo, ouço e sinto.
Agora tremo, gemo, choro e sorrio com intensidade.
Agora tocas-me e levas-me numa viagem terna, suave e pacífica.
E qual não é a surpresa quando descobri que navegava por entre Deus do Olimpo!?
Sim, desejo que seja eterno.
Que seja eterno o teu olhar, o teu toque, o teu beijo…
Que seja eterno a tua birra, o teu rosto cansado, o teu desespero assustado.
Amo, simplesmente amo cada pedaço teu, que me completa, que contigo desperta para uma nova realidade.
Estúpida alegria que te torna meu destino. Preso a mim, num espaço, num tempo, num lugar… Um lugar meu, onde só entra a quem eu abro a porta.
Abria para ti e descobri em ti, bocados de mim, que ninguém imagina existir.
Somos cavaleiros solitários que guardamos um segredo, que não devemos revelar, para que cada um seja digno de descobrir…
Amor, que me reavivas apenas com a tua presença…
Dá-me a liberdade, e tem a bondade, de me deixar continuar aí… no teu lugar, onde me descobri, a mim.