Insanidade, sem gelo, por favor? Dose... Rebeca Funke
Insanidade,
sem gelo,
por favor?
Dose dupla,
aliás.
Para que desça,
pela garganta,
como as melhores bebidas.
Para que suba,
até o cérebro,
como os mais fortes ácidos.
Para que nos arraste,
até o fundo do poço,
como a mais real tristeza.
Para que nos faça voar,
como o mais profundo beijo.
Para que nos faça sentir,
como o maior dos amores.
E, principalmente,
para que nos faça viver,
de modo intenso,
e essencial,
como a mais insana vida.