Ao meu amigo Rodrigo Resena... Não fale... Ana Beatriz Figueiredo Mota
Ao meu amigo Rodrigo Resena...
Não fale uma palavra
não é preciso dizer com excessos
pois teus próprios braços me dizem algo
da imensidão do céu ao infinito mar
com aguçadas e bravias marés,
com cintilantes e jocosos jasmins.
E inebriada estou a tanto
que me pergunto o quanto...
De tantos amores padeci por ti
e de êxtases ressurgi então
Para te dizer com beijos
tudo que não precisa ser dito...
O que já foi devorado,
fundamentado e exilado em meu ser,
Quanto teus olhos me laçam
Quando tua alma me toma
mais e mais uma vez em teus braços.
Neles me debruço,
me enredo e ,as vezes em soluços, esqueço
do pavor que é amar sem extremos
da angústia que é a certeza de findar-nos tão cedo,
tão antes do esperado...
mil anos, que sejam contados...
Queria viver eternamente do teu amor
e por ele renascer todas as manhãs
como nesta e noutras...
Pois meu bem é maior que a vida
e mais desejado do que há além dela.