Vivemos em uma sociedade doente,... Pollyanna Sthefhany M....

Vivemos em uma sociedade doente, intoxicada pelo medo do diferente, pela resistência ao novo e pelo apego cego às próprias crenças. Não é a liberdade que incomoda, mas o que ela revela: a fragilidade de certezas construídas sobre alicerces frágeis.
O ser humano, muitas vezes, veste a ignorância como uma couraça e vê na liberdade alheia uma ameaça, pois cada escolha diferente da sua expõe os limites do seu próprio entendimento. Quem caminha além dos trilhos impostos pela tradição, pela moral seletiva ou pelo julgamento coletivo, desperta inquietação. E o inquieto, para uma sociedade doente, precisa ser silenciado.
O problema nunca foi a liberdade. O problema é o espelho que ela segura diante de quem se recusa a evoluir. Quem aprende, expande. Quem teme aprender, ataca. E assim seguimos: uma humanidade fragmentada, onde o conhecimento é poder, mas a ignorância se veste de justiça.
A verdadeira cura para essa sociedade doente não está na opressão, mas no despertar. Está na coragem de aceitar que não sabemos tudo, de reconhecer que a diversidade não é um perigo, mas uma riqueza. Está no entendimento de que liberdade não é afronta é existência plena.
Que tenhamos força para enxergar além das grades invisíveis da nossa própria mente. E que, ao vermos a liberdade do outro, escolhamos aprender em vez de temer.