Leia Isso Marx Trabalhei de graça... Samuel Eduardo Fortes

Leia Isso Marx
Trabalhei de graça
Não achei graça
Fiz a obra toda
Mas parece uma desgraça
Atrasado o capital
Na mente o Capital
Fui à Capital
A dívida cresce, um monstro voraz
Que a alma consome, em dor atroz
Noites em claro, um tormento sem paz,
O futuro incerto, um vazio feroz
O suor vertido, em vão se esvai
A recompensa, um sonho distante
A corda aperta, a esperança se vai
E a angústia domina, num instante
Mas a força reside, em cada fibra
A resiliência, um escudo tenaz
Ergue a cabeça, não te entregues à libra
A luta continua, a vitória se faz