Já fui tudo e também fui nada Já... Rafael Cunha Ribeiro
Já fui tudo e também fui nada
Já fui apenas um continuo sem destino
Fui estrada longa que não levou ninguém a lugar nenhum
Fui amante de vida e aprendiz da solidão
Fui pássaro sem paradeiro
Fui o grito calado do vento
Fui do passado e fui do futuro
Atravessei o mundo e parei no tempo
Das vezes que nasci uma parte de mim morreu
Por onde andei escrevi momentos
Escrevi no meu peito e se tornaram cicatrizes
Já fui luz e escuridão e hoje sou apenas um velho desconhecido
Vivendo no templo dos esquecidos.