⁠Crônicas de Diane Leite Capítulo 4... Diane Leite

⁠Crônicas de Diane Leite Capítulo 4 – O Despertar da Alma 1. O Silêncio Que Não Era Vazio Houve um tempo em que o mundo parou de fazer sentido. Como um relógio ... Frase de Diane Leite.

⁠Crônicas de Diane Leite

Capítulo 4 – O Despertar da Alma

1. O Silêncio Que Não Era Vazio



Houve um tempo em que o mundo parou de fazer sentido. Como um relógio quebrado, o ponteiro girava, mas as horas já não marcavam nada.

Eu me sentava no sofá, imóvel, enquanto a vida seguia lá fora. O café esfriava no copo. As vozes se tornaram ruído distante. Até o sol parecia desbotado.

Mas no meio daquele silêncio, algo sussurrou: "Você já se perguntou por que está correndo?"

2. O Filme Que Ninguém Assistiu



Um dia, aconteceu algo estranho. Eu me vi de fora. Não como quem lembra, mas como quem assiste a um filme mudo.

Vi uma mulher repetindo frases que não acreditava. Vi ela sorrindo para pessoas que a machucavam. Vi ela segurando máscaras que já pesavam mais que o rosto.

E aí, percebi: Não era a vida que estava errada. Era eu quem não sabia mais quem era.

3. O Espelho Que Não Mente



Há uma dor que não vem de fora. Ela nasce quando você olha para si mesmo e vê o que sempre evitou.

Como aquele dia em que percebi: Minhas lágrimas não eram por quem me deixou. Eram por mim. Por todas as vezes que eu mesma me abandonei.

Quantas vezes você se traiu para agradar alguém? Quantas verdades engoliu para não ser rejeitado? Quantas máscaras vestiu até esquecer seu próprio rosto?

Não responda agora. A resposta já está ali, no fundo do seu peito. Esperando.

4. A Verdade Que Não Dói



Disseram que a verdade liberta. Mas ninguém conta que ela primeiro desmonta.

Como aquele instante em que percebi: Eu não era vítima. Eu era cúmplice. Cúmplice dos silêncios que me sufocavam. Das desculpas que eu dava a quem não merecia. Das portas que eu mantinha abertas para quem só sabia entrar para ferir.

A verdade não dói porque é cruel. Dói porque nos força a encarar o que já sabíamos, mas não queríamos ver.

5. O Salto Que Não Teve Rede



Um dia, decidi parar de fingir.

Não foi coragem. Foi cansaço. Cansaço de carregar histórias que não eram minhas.

Deixei cair as máscaras. Deixei quebrar as certezas. Deixei o vazio me consumir até que só restasse o essencial: eu.

E então, algo nasceu. Algo que não tinha nome, mas que respirava liberdade.

6. A Pergunta Que Mora No Escuro



Se você fechar os olhos agora, o que vê?

Uma versão sua que ainda espera aprovação? Um medo antigo que insiste em sussurrar "não é seguro"? Ou a semente de algo novo, pronta para brotar se você parar de pisar nela?

Não precisa responder. Apenas sinta.

Reflexão Final

O despertar não é sobre virar uma página. É sobre perceber que você sempre foi o autor do livro.

E agora, a pergunta é: Qual história você vai escrever agora que sabe que segura o lápis?

Diane Leite