Poesia do silêncio ⁠Psiu, cale-se.... Armstrong Lemos

Poesia do silêncio ⁠Psiu, cale-se. Não exponha ao tempo os teus rompantes, vaidades, tristezas ou qualquer coisa que faça a tua lágrima sangrar em olhos inchado... Frase de Armstrong Lemos.

Poesia do silêncio
⁠Psiu, cale-se.
Não exponha ao tempo os teus rompantes, vaidades, tristezas ou qualquer coisa que faça a tua lágrima sangrar em olhos inchados.
Não esqueça de guardar para ti a desilusão, nem tampouco faça dela a morada constante.
Já é dia. O sol nasceu de novo.
As flores trazem as gotículas da madrugada, e ao meio dia, já não mais existindo, sufocam-se de calor pedindo água.
O tempo passa, a cidade grita, e na alma turbilhões de pensamentos loucos ensurdecem a razão, florescendo a angústia dos tempos de agora.
Não há o que fazer, a não ser calar-se. Moer-se; viver como se o Oz fosse aqui.
Chegada a noite, arrefece-se a rotina, e o grilo inquieto é a sinfonia divina.
O silêncio perdura, antes dentro e solitário na alma, agora, por todo canto.