Pessoa 1: "Eu te amo."... Edielson Buckler
Pessoa 1: "Eu te amo."
Pessoa 2: "Até onde você consegue se amar?"
Pessoa 1: "Por que você pergunta isso?"
Pessoa 2: "Porque o limite do seu amor por mim é o limite do seu amor por si mesmo. Você ama suas imperfeições? Até onde aguenta sua dor? Assim, você me suportaria também."
Pessoa 1: "Não adianta eu ser a pessoa mais aberta e positiva, se você não conseguir se amar."
Pessoa 2: "Eu faço o meu melhor, mas preciso aceitar que não posso controlar os outros."
Pessoa 1: "Mas eu nunca tentei te controlar. Eu apenas te amo porque te amo."
Pessoa 2: "Para mim, o amor é abraçar a pessoa da forma que ela estiver, sem colocar expectativas. É entender o humano como humano."
Pessoa 1: "Então nunca fui amado(a), porque eu nunca me amei."
Pessoa 2: "E é bom enxergar isso. Você não tem obrigação de amar ninguém, mas se amar é o primeiro passo."
Pessoa 1: "E depois desse, quais são os próximos?"
Pessoa 2: "Sinceramente eu não sei, vai depender de para onde você quer ir."
Pessoa 1: "Suas respostas trazem mais dúvidas em vez de soluções."
Pessoa 2: "Não existem respostas corretas. É igual a uma roupa: existe a que te cabe e aquelas que você nunca usaria. Por isso, se amar e se conhecer mais torna tudo mais lúcido, mas não deixa fácil."
Pessoa 1: "Então, amar a si mesmo é como encontrar a roupa que me serve?"
Pessoa 2: "Não. Imagine um quebra-cabeça onde não é você quem cria as peças. Algumas você vai trazer, outras aparecem do nada, outras podem sumir. Nem sempre elas vão se encaixar de cara, mas com o tempo você entende como montá-las."
Pessoa 1: "Então, amar a si mesmo é aceitar que nem todas as peças terão encaixe?"
Pessoa 2: "Sim, e entender que isso não torna o quebra-cabeça menos seu."