O Amor e os Ciclos da Vida Eu... Gilceleno Júnior
O Amor e os Ciclos da Vida
Eu posso te amar para sempre, ainda que saiba que o "para sempre" nem sempre nos pertence. Os ciclos se encerram, mas o amor, esse, nunca desaparece. Ele não é um lugar ao qual voltamos, mas algo que carregamos dentro de nós. Porque o amor não mora no tempo, nem no espaço; ele vive em quem somos e no que nos tornamos.
Quando cruzamos o caminho de alguém, trazemos um propósito: aprender e ensinar. Talvez você tenha vindo para me mostrar a delicadeza de sentir, ou talvez eu tenha sido o espelho onde você encontrou a força que não sabia ter. E, uma vez que essas lições são dadas e recebidas, o ciclo se fecha. Não porque falhamos, mas porque cumprimos o que nos foi destinado.
Isso vale para tudo – amores, amizades, trabalhos, e até para a própria vida. É como amar a vida perdidamente, sabendo que um dia o ciclo dela também termina. E está tudo bem. Não há tristeza nisso, porque cada encerramento carrega a semente de um novo começo.
O fim nunca é o contrário do amor, porque o amor transcende o fim. Ele é o que fica depois que tudo passa, a lembrança que aquece, o aprendizado que eleva, o brilho suave que persiste no silêncio das estrelas.
E assim seguimos. Amando o que foi, acolhendo o que é, e confiando no que virá. Porque, no fim, o amor não pertence aos ciclos; ele pertence à eternidade.