⁠*"Les yeux de voir"*... Victor de Oliveira Antunes...

⁠*"Les yeux de voir"* Aprendi em minha vida que Deus pontua nossos erros nas nossas consciências. E nos dá um tempo pra tudo; inclusive pra rever noss... Frase de Victor de Oliveira Antunes Neto.

⁠*"Les yeux de voir"*

Aprendi em minha vida que Deus pontua nossos erros nas nossas consciências. E nos dá um tempo pra tudo; inclusive pra rever nossos conceitos; pra enxergar os erros e ambições desmedidas; não é, portanto, por falta de pontuação divina em nossos corações que a gente vai, por definição, atribuir ao divino, as consequências de nossas obras. Deus sempre pontua; a natureza o avisa em cada momento em que nos permitimos a reflexão.
Quando chega o abismo, eis que isso é somente a catarse do terrível teatro que montamos em nossas vidas. E Ele nos pertence; nada tem a ver com "Deus quis isso ou aquilo".
Mas é impressionante como tantos de nós não vemos os avisos; ou como os ignoramos na senda da loucura de viver; de viver tudo de uma vez.
Deus é amor e perdão; Ele sempre espera que a gente acerte, e obtenha a remissão das culpas; culpas sempre nossas.
Imagine: Ele nos dá a vida; a infinitude de milhões de opções e caminhos; nos dá a chance de sermos bons; e dá até a chance de seguir suas "dicas", para merecer o que vem depois; mas a gente se refestela nos sentidos; na embriaguez das coisas mundanas; depois queremos que seja concedido o perdão do refestelo imerecido, só pra receber mais. Tratamos o Divino com desdém.
Certamente precisamos observar com lupa nosso comportamento tacanho; quem sabe inteligir que sempre recebemos mais do que merecemos.
E desde o mais miserável até o mais abastado, nenhum de nós sabe o poder que recebeu; nem sequer sabe das grandezas quais que somos capazes de atingir. Nós apenas nos definhamos nesse refestelo mundano de comer, beber, dormir, e se aprazerar; e todo dia começamos tudo de novo; a cada dia, de novo.
Não somos mais felizes e realizados porque não abrimos *"os olhos de ver"*; daí somos como macacos velhos soberbos: achamos que sabemos como botar a mão na cumbuca; e não percebemos que também não largamos a banana do refestelo; e é por isso que rebutamos: ainda não construímos, de verdade, o nosso justificável perdão!
(Victor Antunes)