Baile de Gala Ao cortinar do anoitecer,... Gleice Priscila
Baile de Gala
Ao cortinar do anoitecer,
Bosques, matas e campos
Prestigiam o espetáculo.
O que antes era pura escuridão
Transforma-se em lampejos e fascínios.
Trajados de ternos castanhos,
Os cavalheiros desfilam seus encantos.
Seja em piscadas longas, rápidas ou constantes,
Demonstram o poder da persuasão.
E as jovens donzelas,
Reluzem como purpurinas,
Pousam de difíceis,
Analisando se concedem ou não
A dança da procriação.
Mas quando surge a química,
Machos e fêmeas se deixam levar
Pelas asas da paixão.
Estes pequenos anfitriões,
Conhecidos como vaga-lumes
Ou pirilampos,
São capazes de gerar a própria luz.
Luzes estas, em tons esverdeados,
Que até clareiam o crepúsculo
Dos corações quebrantados.