Ligeiramente Quando eu morrer, me... AUZEC

Ligeiramente

Quando eu morrer, me enterre ligeiramente,
Não quero ser o sofrimento de ninguém.
Deixe que o vento leve o que sou,
Que a terra guarde o resto de quem fui.

O que eu queria era ser
O mundo de alguém,
Mas o tempo passou
E eu fiquei refém.

Procurei nos dias,
Nos cantos e mares,
Um olhar que dissesse:
“Fique, não vá embora jamais.”

E quando eu partir,
Sem alarde ou lamento,
Que reste só o silêncio,
E um suspiro ao relento.

Porque o que eu queria era ser
O mundo de alguém,
Infelizmente, não consegui
Encontrar ninguém.