Saudade, palavra paroxítona, que... Gilderson Santos
Saudade, palavra paroxítona, que ganha vida não apenas no som, mas no sentir. Muitas vezes, é sentida sem ser reconhecida, como o suspiro de um entardecer ou a suavidade de um amanhecer. Uma dor fina e insana, que nas mãos do destino se torna traiçoeira, como um caminho tortuoso que nos leva aonde não desejamos. Saudade é querer abraçar, mesmo sabendo que o tempo parou, que o momento se perdeu e que, por vezes, é preciso esperar sem saber se o que se espera virá. Mas o destino, esse iludido, nos ensina que o fim, muitas vezes, é apenas o começo. Como diziam os sábios, seja resiliente, pois a saudade é uma flor que, bem cuidada, se transforma em consolo, uma velha e sentida paroxítona.