⁠Todas se comportavam uma ora... Monovski

⁠Todas se comportavam uma ora terapeutas outrora pacientes. Elas precisavam falar, remoeram coisas de tanto tempo atrás, que prendiam o fluxo do presente. Algumas não sabiam se encaixar, elas só sabiam que estavam navegando em um oceano sem bússola, mas as velas do barco eram sopradas intensamente por emoções que foram presas ao solo mas agora tendem a cair como granizo, em algum lugar elas iriam parar, só ainda faltava responder a pergunta: “Em terra firme ou num naufrágio?”. Outra já acreditava que a solidão lhe pertencia, pois como Nietzsche falava: “Na solidão, o solitário devora a si mesmo; na multidão devoram-no inúmeros. Então escolhe.”, já que não conseguia acreditar que as pessoas simpatizavam mutuamente, ouvia vozes da cabeça sussurrar que todos a odiavam e usavam de falsidade com ela. Mereciam ser ouvidas, todas.