" ROGO " Olhou-me de... Paulo Braga Silveira Junior

" ROGO "
Olhou-me de relance, disfarçado,
por curto tempo apenas, bem discreta,
admirando, um pouco, este poeta,
que, por tudo o que belo, é enamorado!
Mal sabe se solteiro ou se casado,
lançou-me o olhar sem ponderar a seta
enquanto a observava aqui, pateta,
e o lance dela me direcionado.
Menina: não sou nada, pouco valho,
sou carta posta fora do baralho
sem serventia alguma pra esse jogo…
Não posso dar-te colo ou atenção
nem dividir contigo o que é paixão
ou atender, do olhar, esse teu rogo!...
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