Do alto do meu julgamento, reconheci... Rui Oscar Muhlbach

Do alto do meu julgamento, reconheci quem mais julgava: a mim mesmo.
Nesse reconhecimento, percebi o quanto a sutileza do cotidiano me conduz ao esquecimento.
Um esquecimento discreto, mas profundo — que me desvia silenciosamente, levando-me por caminhos que me afastam de mim mesmo.
Assim como o corpo pede movimento,
a memória pede lembrança.
E a lembrança… essa pede vigilância —
para que, ao recordar, eu não esqueça jamais.