Frequência de Amor Ninguém fala do... Gilceleno Júnior

Frequência de Amor
Ninguém fala do toque das mãos,
do calor sutil que acende universos em silêncio.
Mas eu senti —
quando teus dedos encontraram os meus,
como se o tempo, cansado, enfim tivesse repouso.
Você.
Os teus olhos: constelações onde me perco e me encontro.
Sua pele: a casa onde mora a paz.
Seu corpo: altar sagrado do amor que cultuo em segredo e canção.
Seus cabelos, seus pés,
suas coxas, sua barriga…
Ah… a tua barriga.
Primeiro lar da nossa filha.
Primeiro suspiro de uma eternidade que começa em ti.
A criação tocando o divino
no ventre da mulher que esperei por toda a minha vida.
Você chegou.
E com você, a certeza:
o amor existe.
Tem nome, cheiro, sorriso…
e ele dança na mesma frequência que minha alma.
Eu te amo.
Mais do que cabe em versos,
mais do que o mundo consegue conter.