Às vezes eu penso que as únicas... Arthur Lima

Às vezes eu penso que as únicas coisas que não são passageiras devem ser uma ou duas que se pode pegar nas mãos. Digo isso porque essas coisas são poucas, e essa visualização da palma das mãos exemplifica bem isso. É difícil acreditar num futuro com tudo que nós queremos. Tudo pode ir embora, e não existe nada que podemos fazer para impedir. Essa ideia é perturbadora, porque nós sentimos as sensações boas e relembramos com saudades. E é muito ruim que nossas mãos possam levar tão poucas coisas. E, no final, só conseguimos levar tudo que queremos apenas num lugar que não conseguimos apalpar, mas conseguimos imaginar — e só isso.