⁠os de bem me ensinaram a nem sempre... Davi Lima Gunther

⁠os de bem me ensinaram a nem sempre fazer o que só me convém, não detestar ninguém, ajudar sem ver a quem, mas o mundo me mostrou que é mais fácil concordar fi... Frase de Davi Lima Gunther.

⁠os de bem me ensinaram
a nem sempre fazer o que só me convém,
não detestar ninguém, ajudar sem ver a quem,
mas o mundo me mostrou
que é mais fácil concordar fingindo que escutou no meio do barulho.
pare esse mundo que eu quero descer,
já estamos em julho, já pulei o muro
e gostei mais do outro lado,
de borboleta não sei apenas o nado,
rindo chapado, coração blindado,
se deus vier, que venha armado,
o show principal já está completo,
agora o after é ir naquela rua e seguir reto.
filho de adão e eva, fruto do pecado.
em pé sou assim como estaria deitado,
sem direitos e sem deveres,
libertado de todas obrigações sociais que me apresentaram;
um parasita devora meus órgãos e a sanidade que já fora roubada,
assim como ele, devoro meus sentimentos mais lúdicos
e fico calado como o som de uma granada,
enquanto minha própria mão me dá uma bofetada.
rodamos o mundo em busca de ser menos mal,
mas a primeira refeição do dia é o falso moralismo
que grita em urgência de invadir o meu próprio espaço,
fazendo parte do mundo sujo que finge querer se limpar,
parte dessa massa deixa mais sem graça,
ânsia de mainstream (mesmo sendo),
ignorando mensagem sendo lida,
bebo da minha comida, comendo da minha bebida.
sou o cheque-mate que leigo joga,
música não é minha única droga,
respiro no mar que me afoga,
pois eu já era grande antes antes de você chegar,
portanto, estamos quites quando me crucificar.
meus segredos só eram assustadores até aceitar que eu tinha medo,
os quais você só se tranquiliza quando sente o toque do meu dedo;
quando minha música toca no seu rádio,
sem fingir de coitado, pois antes pagava de santo
mas era o que mais fazia pecado.
só obedeço ao que me convém,
maldade virou coisa do cotidiano,
pulo de um prédio, me mato sem causar nenhum dano,
protestos irônicos queimando pneu, nascido no breu,
uma veia corre sangue latino,
na outra, sangue europeu.
recito poemas, invento romances do avesso;
pelo meu amor, tudo tem seu preço:
belas palavras, pena que eu me conheço,
provando cérebros em ordas de zumbis,
não sou um simples aprendiz,
eu tenho a p0rra do fator X.