Ó estrelas infelizes... Que sois... Sandro Paschoal Nogueira
Ó estrelas infelizes...
Que sois belas e brilhais tão distantes...
Os amantes lhe conhecem...
Mas vós não conheceis o amor...
Brilham somente...
Tal sorte às cegas...
Por eternas leis vos regem...
Mas somente o homem escolhe e julga...
Sonhando em ser feliz eternamente...
Sei que nada me é pertencente...
E que tudo nessa vida é fugaz...
A cada um o tempo passa diferente...
Consome a tudo sendo voraz...
Então o homem cria desejos...
E seu coração transpõe todo os desertos...
Em nome daquilo que a si mesmo se criou...
Sentes atraído ao mais alto e ardente vôo... Diante tudo que sonhou...
Dentro de nós há também um universo...
De tantas outras estrelas que não vemos...
Porém o destino do homem é tal qual o vento...
Do céu vem, ao céu sobe...
Acaba em questão de momentos...
Vezes sem conto eu tenho às estrelas...
Contado meus sonhos, chorando lamentos...
Entretanto ao passar dos tempos...
Hoje compreendo, perdendo-me a pensar...
Feliz só será a alma...
Que aprender a amar...
Sandro Paschoal Nogueira