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⁠A solidão, amiga silente dos amantes da quietude, revela no seio da própria companhia os segredos mais íntimos da alma.

Inserida por Gustavo826397

⁠Do âmago do ser, a luz irrompe. Sim, após a tormenta da alma, a noite se dissipa e surge a aurora, radiante como o sol que nos banha em sua graça.

Inserida por Gustavo826397

"⁠Vi o Rio em festa, vi o Rio em guerra,
Vi a glória e a miséria, no meu complexo viver
Vi o samba nascer, vi o amor morrer,
Vi a vida pulsar, vi a morte a bater."

Inserida por Gustavo826397

⁠Sussurros da Lapa

Nas vielas escura, onde a noite geme,
Entre becos e sombras, meu canto semeio, rouxinol rejeitado.
Um Malandro sem alma
Um poeta sem nome,
Um boêmio sem herança, mais muita história pra contar.

Vi o Rio em festa, vi o Rio em guerra,
Vi a glória e a miséria, no meu complexo viver
Vi o samba nascer, vi o amor morrer,
Vi a vida pulsar, vi a morte a bater.

Oh minha lapa, onde meu corpo se esconde,
Na boêmia minha alma vagueia,

-Nunca roubei ninguém senhor, me deixe na cabeça de porco!

Sou a voz dos esquecidos, o canto dos humildes,
A melodia da noite, os acordes oprimidos

Vi políticos corruptos, vendendo a cidade,
Vi a elite opressora, se cegando a vaidade.
Vi o povo sofrendo, sem voz e sem pão,
Vi a injustiça reinar, o sangue escorrendo de vidas em vão...

Mas nem tudo é trevas, nesse meu triste cantar,
Há beleza escondida, em cada olhar que insiste.
O amor nas vielas, há esperança no ar,
Há a força da vida, que teima em brotar.

Sou o malandro da Lapa, o poeta da dor,
Testemunho a morte, em versos que correm.
Canto a realidade, nua e crua,
Para que ninguém esqueça, a dura verdade que sua.

A Lapa é meu berço, o Rio e meu lar,
Onde vivo e escrevo, com o coração profundo.
Sou parte da história, dessa cidade querida, tão sofrida, mais bela em tudo...

Inserida por Gustavo826397

⁠Do Solo Fértil

Das entranhas da Mãe Terra,
Em raízes de força se ergue um ser,
Um homem das batatas, sua pele fina,
Rasga ao caminhar, eu corpo fraco, mal aguenta levantar 

Seus galhos murchos, que antes fortes,
Ao esboçar um sorriso, se quebram com dor, 
A agonia em seus olhos, um brilho de sol, um forno de horror,
O lanche perfeito nasce da terra
Assim como o pecador.

Homem que nasceu das batatas, Por que tens tanto medo da terra? Por que não aceitas oque nasceu pra ser? Por que não ajoelha-se ao destino? Por que não se torna só purê?

"Nasci na terra, Na terra fui criado, Essa terra onde sofri, onde fui tão maltratado, ou até tentei sorrir, mais fui amordaçado, eu morrerei nessa terra, sem deixar o meu legado"

e até hoje se perguntam, se na essência do nosso ser, não somos apenas batatas, destinadas a sofrer...

Inserida por Gustavo826397